quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Morte do Senador

Um senador está andando tranqüilamente quando é atropelado e morre.A alma dele chega ao Paraíso e dá de cara com São Pedro na entrada.

-"Bem-vindo ao Paraíso!"; diz São Pedro


-"Antes que você entre, há um probleminha.

Raramente vemos parlamentares por aqui, sabe, então não sabemos bem o que fazer com você.

-"Não vejo problema, é só me deixar entrar", diz o antigo senador.


-"Eu bem que gostaria, mas tenho ordens superiores. Vamos fazer o seguinte: Você passa um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Aí, pode escolher onde quer passar a eternidade.


-"Não precisa, já resolvi. Quero ficar no Paraíso diz o senador.


-"Desculpe, mas temos as nossas regras. "


Assim, São Pedro o acompanha até o elevador e ele desce, desce,desce até o Inferno. A porta se abre e ele se vê no meio de um lindo campo de golfe. Ao fundo o clube onde estão todos os seus amigos e outros políticos com os quais havia trabalhado.Todos muito felizes em traje social.Ele é cumprimentado, abraçado e eles começam a falar sobre os bons tempos em que ficaram ricos às custas do povo.Jogam uma partida descontraída e depois comem lagosta e caviar.


Quem também está presente é o diabo, um cara muito amigável que

passa o tempo todo dançando e contando piadas.Eles se divertem tanto que, antes que ele perceba, já é hora de ir embora.Todos se despedem dele com abraços e acenam enquanto o elevador sobe.Ele sobe, sobe, sobe e porta se abre outra vez. São Pedro está
esperando por ele.Agora é a vez de visitar o Paraíso.

Ele passa 24 horas junto a um grupo de almas contentes que andam de

nuvem em nuvem, tocando harpas e cantando.Tudo vai muito bem e, antes que ele perceba, o dia se acaba e São Pedro retorna.

- " E aí ? Você passou um dia no Inferno e um dia no Paraíso. Agora escolha a sua casa eterna." Ele pensa um minuto e responde:


-"Olha, eu nunca pensei .. O Paraíso é muito bom, mas eu acho que vou ficar melhor no Inferno."


Então São Pedro o leva de volta ao elevador e ele desce, desce,desce até o Inferno.A porta abre e ele se vê no meio de um enorme terreno baldio cheio de lixo.Ele vê todos os amigos com as roupas rasgadas e sujas catando o entulho e colocando em sacos pretos.


O diabo vai ao seu encontro e passa o braço pelo ombro do senador.


-" Não estou entendendo", - gagueja o senador - "Ontem mesmo eu estive aqui e havia um campo de golfe, um clube, lagosta, caviar, e nós dançamos e nos divertimos o tempo todo.Agora só vejo esse fim de mundo cheio de lixo e meus amigos arrasados!!!"


O diabo olha pra ele, sorri ironicamente e diz:


-"Ontem estávamos em campanha. Agora, já conseguimos o seu voto..."



Autor Desconhecido.

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

.*.~.*.~.*.~


Ninguém nunca saberá o que se passa dentro de mim (nem eu sei ás vezes).
Tenho uma paixão que ás vezes penso, chego até a acreditar, que nunca chegarei ao ápice dela, apenas a ouvirei (enquanto tiver ouvidos),
Apenas contemplarei seus apaixonados (enquanto puder ver)
Apenas sorrirei e chorarei em seus intervalos.

Tenho uma paixão incrível que não me motiva a continuar
Então o que há de incrível nela ?
É que ela sempre está lá e eu não posso negar.

Talvez algum dia eu possa revelar
Talvez nunca.
Odeio capitalismo, odeio julgamentos.
Odeio minha inquietação que me faz escrever.

Talvez isso se torne um passado,
Talvez me acompanhe para sempre.
Talvez eu nunca chegue lá
Talvez,.....

Me sinto como um passarinho acuado, que sabe que tem asas, grandes asas e até elogiadas por muitos, mas que tem medo de voar por vários motivos,...
O medo em si enfrentaria, em tudo o que fazemos há medo, mas e os outros motivos ? A espada, ou a cruz ?
O futuro ou o presente ?
Ficar ou lutar ?
Esquerda ou direita ?

Não sei se me encontro ápta a algum trabalho, só não quero que seja em vão.

Eu quero errar, eu quero cair, eu quero voar,...
Quero libertar meus sonhos,...

....

Quando releio só vejo eu, eu e eu.Será que este é o caminho certo ?
Não quero perder a fé.
Não perca a fé.

Que a Tua graça me baste
Só quero que minha vida não seje em vão.
Piano velho jogado num galpão.

Roberta Gasques